|
O Método de comprovação mediúnica utilizado por Allan Kardec Allan Kardec utilizou o método racional-intuitivo na investigação e comprovação dos fatos mediúnicos, bem como na Codificação da Doutrina Espírita. Atentemos para as suas palavras:
Allan Kardec não se manteve preso às ideias do Positivismo; foi além deste. A filosofia positivista, elaborada por Auguste Comte (1798-1857), estabelecia que “(...) todo conhecimento científico e filosófico deve ter por finalidade o aperfeiçoamento moral e político da humanidade.” (2) Para tanto, só o conhecimento dos fatos é fecundo e qualquer certeza só é determinada pelas ciências experimentais, através das suas leis. Naturalmente que nem todos os fatos sociais, mesmo alguns das ciências, podem ser reduzidos a leis. Esta é a fragilidade maior do Positivismo. Na verdade, as ciências humanas têm demonstrado que é complexo, difícil mesmo, estabelecer padrões (ou leis), por exemplo, na área comportamental ou na afetiva. Neste sentido Kardec foi além, teve lucidez para não desprezar o valor da intuição. É importante assinalar que a intuição só passou a merecer maior crédito da Ciência e dos cientistas há relativamente pouco tempo, com as contribuições de Henri Bergson (1859-1941) e Edmund Husserl (1859-1938), apesar de ter sido destacada por Platão (427 ou 428)(348 ou 347 a.C.), na Antigüidade, sob o nome de visão (nóesis) das ideias. Ao utilizar o método racional-intuitivo na investigação do fenômeno mediúnico, Allan Kardec teve condições para elaborar, sistematizar e vulgarizar (=tornar público, notório) a Doutrina Espírita, em etapas ou processos contínuos. Eis o que Kardec nos afirma:
(2)-GADOTTI, Moacir. História das ideias Pedagógicas. 5. ed. SãoPaulo, SP: àtica, 1997. Cap. 8, p. 107. O pensamento pedagógico positivista. (3)-KARDEC, Allan. A Gênese. Trad. de Guillon Ribeiro. 37 ed. Rio de janeiro: FEB, 1999. Cap. I. Item 14,p. 20. caráter da revelação Espírita. (4)-WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec. (Meticulosa Pesquisa Bibliográfica). 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999, v. 1. p. 29. Nascimento. Progenitores. |
Páginas relacionadas:
DESAPARECIDOS (Crianças e Adolescentes)
