GUIA.HEU
22 Anos
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A agonia de Jesus

____Faz dois mil anos que os "Cristãos" estão revivendo o trauma de minha crucificação. Alguns, inclusive, experimentaram o estigma, que nada mais é do que uma resposta emocional histérica e mórbida àquilo que acreditam que suportei. Essas pessoas se superexcitam até viverem picos emocionais próximos ao frenesi, imaginando a angústia dos meus sofrimentos antes de minha morte. Sua gratidão emocional pelo que suportei lança-os em um estado de estresse físico.
____Isso está sendo escrito num dia de Sexta-Feira Santa e vim especialmente para falar acerca de minha crucificação. Vim para dizer que você deve abandonar todo o drama referente à recordação daquele dia. Morri - e isso foi, para mim, uma libertação maravilhosa.
____Já é tempo de que as pessoas acordem de seu longo, longo sonho e compreendam a existência como ela realmente é - e a verdade a respeito de minha crucificação, a qual esteve oculta até este momento. Na Sexta-Feira Santa, ano após ano através dos séculos, pelo mundo todo, foi criado um "estado de ser de consciência" traumática e contaminada. Este estado está tão longe da dimensão espiritual da CONSCIÊNCIA CRIATIVA UNIVERSAL quanto o inferno está distante do céu.
____Agora escolhi reviver minha vida sobre a Terra no personagem de "Jesus" através da mente de alguém_que_recebe_minhas_palavras. Isto tem como finalidade ajudar o mundo a avançar rumo a uma nova_fase de desenvolvimento espiritual/mental. Por isso, peço àqueles que possam receber minhas palavras que abandonem esta prática de recordar minha morte e de exercitar a "abnegação"(Self-denial) física durante o jejum da quaresma para recordar_meus_quarenta_dias_no_deserto. Como você pode perceber pelo que digo, meus dias no deserto foram de grande felicidade e bem-aventurança espiritual.

[ CARTAS DE CRISTO - Carta 3]

(Ver também:  Quando Você vai acordar?  e  Jesus e as Cartas)

Relato do Dr. Barbet, médico francês, professor-cirurgião, sobre a agonia de Jesus Cristo, reconstituindo as dores sofridas por Ele, em nosso lugar.

____"Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso portanto escrever sem presunção a respeito de morte, como a de Jesus.

____"Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

____Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes.

____Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. Aflagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira e vem uma vertigem de náuseas, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto, pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

____Depois do escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo ).

____Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando Ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva; ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim.

____O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que o homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego, quando o corpo é suspenso na cruz, o nervo esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

____O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira.

____Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enriquecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam titânia, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.

____Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

____Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: " Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".

____Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.

____Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que falou, elevou-se, tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável!

____Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las.

____Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:" Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: " Tudo está consumado !". Em seguida num grande brado diz: " Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre.

____E morre, no meu lugar e no seu. Não façamos dessa morte, que trouxe nova vida a todos nós, uma morte sem nexo. Está em você, dentro de você o espírito de Jesus.

Ame-o e glorifique-o todos os dias da sua vida.

Colaboração de: Renato Ruy renatoruy@globo.com

____O sacrifício de Jesus não deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário.

____O Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. E o cristão deve buscar, antes de tudo, o modelo nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos edifiquem_no_íntimo_essas_virtudes, com as quais saberão remontar ao calvário de suas dores, no momento oportuno.

____Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre divino. Entretanto, a dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais.

____Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.

____Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.

____De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem.

____Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade.

  • Examinados esses fatores, ador material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada?
  • A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constituiu o ponto essencial da sua perfeita renúncia pelos homens?

____Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhes fornece o conhecimento tomando para imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.

[41a - página 169] - EMMANUEL - 1940

Traço do Cireneu

O Senhor carregava a cruz dificilmente...
A sentença cruel, afinal, se cumpria.
Liberto Barrabás, Jesus no mesmo dia.
Era levado à morte, ante a ironia.

Do fanatismo deprimente...
Brados, altercações, zombaria, algazarra....
O Excelso Benfeitor, no lenho a que se agarra.
Curva-se de fadiga, arrasta-se, tressua.

Escutando em silêncio os palavrões da rua.
O cortejo prossegue... O Cristo, passo em passo,
Por um momento só, exânime fraqueja;
Ajoelha-se e cai, vencido de cansaço.

O povo exige a marcha, excede-se, pragueja....
Nisso, um campônio vem da gleba com que lida.
é Simão de Cirene, homem simples e forte.
Um meirinho lhe pede apoio na subida.

Deve prestar auxílio ao condenado à morte...
_ “Como, senhor? Não posso!...” – exclama o interpelado,
_ “Tenho pressa!” No entanto, o funcionário insano
Grita-lhe em rosto: _ “Cão, obedece ao chamado!...”

E mostra-lhe o rebenque a gesto desumano...
Casado, o lavrador atende e silencia,
Toma parte da cruz sobre o ombro robusto,
Fita o Mestre cansado e o suor que o cobria...

A turba escala o monte e alcança o topo a custo.
Contemplando Jesus, por fim, deposto o lenho,
Diz-lhe Simão: _ “Senhor, achava-me apressado...
A filha cega e muda é o tesouro que eu tenho,
Não queria ferir-te o peito atribulado.

Perdoa, se aleguei a urgência em que me via...
é o coração de pai que falava a chorar...
Sei que estás inocente, ampara-me, alivia
A dor que me avassala e me atormenta o lar...”

Jesus endereçou-lhe um aceno de ternura,
Em meio a multidão, apupado, sozinho
E acentuou: _ “Simão, guarda a fé que te apura,
Todo o bem que se faz é uma luz no caminho.”

O cireneu, de volta, acha a enorme surpresa...
Fala-lhe a filha: - “oh, pai, uma luz veio a mim,
Agora vejo e falo, acabou-se a tristeza,
Tenho a impressão que a Terra é um formoso Jardim!...”

Simão chora, lembrando a cruz que traz na mente
E reconhece o bem por divino troféu,
Que mesmo praticado involuntariamente
é uma força atraindo a intercessão do Céu!...

(Maria Dolores – do livro “A Vida Conta”)

http://www.idefran.com.br

O Flagelo de Jesus


CRUCIFICAÇÃO: A morte de Jesus na perspectiva de um médico
https://www.youtube.com/watch?v=MuXgDu_BVbc


Toda criança precisa de: Amor;  Afeto;  EducaçãoSaúde;  Esperança  e  Fé raciocinada
DESAPARECIDOS (Crianças e Adolescentes)