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William Stainton Moses (M.A.Oxon) e o Sr. e Sra. Parkes Draped com uma figura, reconhecida como a mãe do Sitters, 1872-1873 Frederick Hudson foi o primeiro fotógrafo de espírito na Inglaterra (e Europa). Ele começou em Março de 1872 e produziu uma massa de imagens, pelo menos até 1879.(A sua atividade pode ser encontrado em Georgiana Houghton's "Crônicas das fotografias de seres espirituais e materiais fenômenos invisíveis a olho", 1882) Esta imagem mostra a Rev. Stainton Moisés, que experimentou principalmente com Hudson. Ele publicou em 1874-1875 uma série de artigos sobre o espírito fotografia, depois que ele tinha examinado centenas de impressões. No que diz respeito à Hudson ele estava convencido de que um grande número de fotografias foram obtidas, quer nas condições de ensaio ou de que não havia provas de reconhecimento. (Os "extras" podem ser identificados como retratos de pessoas falecidas.) http://www.collegeofpsychicstudies.co.uk/archives/examples.html William Stainton nasceu a 5 de novembro de 1839, em Domington, Lincolnshire. E desencarnou a 5 de setembro de 1892. Seu pai, William Moses, era reitor da Escola de Gramática, e sua mãe, do mesmo condado, era filha de Tomas Stainton, d'Alford. O jovem William começou os estudos sob a direção do seu pai e foi em seguida confiado a um professor particular que, maravilhado pelas suas aptidões, se empenhou ardentemente com W. Moses para enviar o filho a uma escola pública. Em 1855, William entrou para a Escola de Gramática de Bedford; os três anos que ali passou proporcionaram-lhe os mais lisonjeiros elogios e testemunhos dos seus mestres, encantados por notar que as suas brilhantes faculdades se achavam aliado um inalterável sentimento do dever. William deixou a Escola depois de ter ganhado inúmeros prêmios e obtido uma das duas bolsas fundadas em favor desse estabelecimento. De Bedford, Stainton Moses entrou para o Exeter College, Oxford, no começo da época de São Miguel, em 1858. A sua vida de estudante foi toda digna da vida escolar, e os professores tinham nele as maiores esperanças, quando as forças lhe faltaram, pois o excesso de trabalho o fez adoecer mesmo na véspera do dia em que devia fazer o último exame. Na convalescença mandaram-no viajar. Quase um ano consagrou ele a percorrer o continente com amigos e, na volta, passou seis meses no velho mosteiro grego do monte Atos. A curiosidade e sobretudo uma grande necessidade de meditação e de insulamento o obrigaram a ficar por muito tempo nesse convento. Alguns anos depois, Imperator, seu guia espiritual, cientificou-o de que, desde essa época, estava ele sendo influenciado por amigos invisíveis, que o haviam dirigido para o monte Atos com o fim de ajudar a sua educação espiritual. Aos 23 anos Stainton Moses voltou para Oxford, e aí, recebendo o diploma, deixou a Universidade em 1863. A sua saúde, posto que muito melhor, não se achava todavia bastante vigorosa. O médico aconselhou-lhe a vida do campo, o que o induziu a aceitar um curato em Maughold, perto de Ramsey, ilha de Man, onde permaneceu quase cinco anos substituindo o reitor que, por idoso e enfermo, não podia mais exercer as suas funções, assumindo Moses tarefa dupla. Uma epidemia de varíola que se manifestou pôs em relevo os recursos do coração e a intrepidez do caráter de Stainton Moses. Como não houvesse médico no distrito, o jovem pastor, que tinha alguns conhecimentos de medicina, tratou dos corpos e das almas das suas ovelhas. Dia e noite ele se multiplicava enquanto o flagelo ia assolando, até que, uma ou duas vezes depois de haver cuidado dos doentes e de os ter consolado, se viu obrigado a amortalhá-los e a preparar-lhes o túmulo, pois o pânico fez evadir até o próprio coveiro. As forças de Stainton Moses não enfraqueceram um instante nessa terrível provação, que o tornou ainda mais caro aos seus paroquianos; porém a sua saúde, que não podia suportar as obrigações impostas pela administração de duas paróquias, obrigou-o a procurar uma outra residência. Logo que conheceram o projeto do pastor, dirigiram-lhe espontaneamente uma petição, redigida pelos habitantes grados, pedindo-lhe desistisse do seu intento e exprimindo o reconhecimento que lhe devotavam. Stainton Moses retirou-se pesaroso para ocupar, em 1868, o curato de Saint-Georges, Douglas, ilha de Man, onde caiu gravemente doente, sendo tratado pelo Doutor Stanhope Speer, que residia em Douglas com sua mulher e que não exercia mais a sua arte. Dessa época datam as relações, que se tornaram íntimas e exerceram considerável influência sobre o futuro dessas três pessoas. Em setembro de 1869, Stainton abandonou o curato, onde tinha deixado profunda impressão pela prédica e caridade. Depois de alguns meses passados ainda em desempenhar interinamente funções eclesiásticas em Langton, e em um curato da diocese de Salisbury, uma moléstia de garganta, rapidamente agravada, obrigou o pastor a renunciar ao ministério, pois que o médico o proibiu de pregar. Moses partiu para Londres, onde desejava empregar-se como professor, e aí permaneceu perto de um ano, hóspede do Doutor e da Senhora Speer, dirigindo como amigo a educação de seu filho, autor do presente artigo. Entre fins de 1870 e começo de 1871, Stainton obteve o lugar de professor de inglês na University College School, cargo que ocupou até 1889. Inútil será dizer que, tanto quanto lhe permitira a saúde, exerceu o cargo com zelo e talento. Na qualidade de professor de inglês de uma grande escola, soube exercer influência sobre inúmeros discípulos, e muitos dentre eles recordava-se de seus excelentes conselhos, das suas amigáveis e perspicazes críticas sob o ponto de vista do estilo e gosto literários. A acentuada personalidade de Moses exercia enorme influência sobre os colegiais confiados aos seus únicos cuidados, pois era costume antigo da University College School entregar a alguns dos professores um certo número de moços para dirigir-lhes ao moral e o físico. A influência de Stainton não cessava com a partida dos discípulos, que muitas vezes, em ocasiões críticas, lhe iam pedir conselhos, sempre dados com cordialidade, retidão e bondade. Como as nossas relações de professor com o discípulo duraram mais de sete anos, sem interrupção, posso testemunhar a excelência do seu método de ensino. O seu esforço vencia qualquer dificuldade, e verificou-se que ele conseguia fazer compreender claramente o que ensinava. Quando, devido ao estado de saúde, foi obrigado a resignar as funções, o conselho da University College votou os seus agradecimentos a Stainton Moses em reconhecimento pelos longos e úteis serviços que tinha prestado à escola. Foi-lhe também enviada uma carta assinada por vinte e oito dos seus colegas, em que se exprimiam os mais afetuosos sentimentos. A atenção de Moses foi em 1870 atraída para o espiritualismo, durante o tempo em que residiu na casa do Doutor Speer, em Londres. A Senhora Speer durante três semanas permanecera enferma, e para se distrair lia um dia "Debatable Land" (Terra Contestada), de Dale Owen. Interessando-se ardentemente por esse livro, logo que ela pôde reassumir o lugar na reunião de família, pediu ao seu hóspede para o ler e procurar descobrir o que podia haver de verídico nos fatos que o autor narrava. Ainda que pouco inclinado a ocupar-se do espiritualismo, que o não interessava e lhe parecia um efeito da prestidigitação, prometeu atendê-la. Havia já algum tempo que Stainton Moses e o Doutor Speer discutiam sobre diversos pontos de controvérsia religiosa. Ambos tendiam gradualmente para ideias pouco ortodoxas, quase gnósticas, mas, como estivessem cada vez menos satisfeitos com as doutrinas existentes, queriam a absoluta verdade sobre a vida futura e a imortalidade. Obter uma prova de base estritamente científica parecia impossível ao Doutor Speer, que se tornara rapidamente um materialista intransigente. Stainton, para cumprir a palavra que tinha dado a Senhora Speer, começou a estudar o espiritualismo, assistindo a várias sessões onde se achavam médiuns; a sua primeira experiência, digna de ser citada, realizou-se na primavera de 1872 com Lottie Fowler. Pouco depois o Doutor Speer, que continuava a considerar o espiritualismo como um absurdo contra-senso, foi levado pelo seu amigo à casa do médium William. Aí voltaram eles várias vezes e ficaram desde logo convencidos de que havia uma força exterior em ação; ficaram certos dessa opinião por uma notável sessão que se realizou em casa do Doutor Speer, sendo William o médium. Nessa época, o poder mediúnico de Stainton Moses começou a desenvolver-se. As particularidades sobre essa fase da sua vida são amplamente narradas nas "Memórias da Senhora Speer", publicadas no (Light) (Luz). Penso, porém, que devem interessar algumas das minhas recordações pessoais. Tive o privilégio de assistir às sessões que se realizaram durante os dois últimos anos da mediunidade de Moses . As impressões de uma outra testemunha podem ser úteis, quando confirmam novamente os poderes extraordinários do médium e a realidade dos fenômenos obtidos com a sua intervenção. É importante notar que nunca se produziam menos de dez espécies diferentes de manifestações no decurso dessas sessões. Quando elas eram menos numerosas, diziam-nos que as condições eram desfavoráveis. Quando, ao contrário, as condições eram favoráveis, as manifestações se multiplicavam, as pancadas tornavam-se mais freqüentes, as luzes mais brilhantes e os sons musicais mais distintos. Enumerarei resumidamente as formas diversas dos fenômenos:
Desde 1889, a sua saúde enfraqueceu, ataques sucessivos de influenza minaram-lhe a constituição, que nunca foram robusta, e a 5 de setembro de 1892, no momento em que todos o julgavam fora de perigo, expirou, causando esse acontecimento profunda emoção nas pessoas que o conheciam. A personalidade de Stainton Moses era muito interessante, só podendo apreciá-la em seu justo valor quem vivesse em sua intimidade. A força do seu caráter era pouco comum, surpreendente as suas faculdades excepcionais e a variedade das suas aptidões. Nenhum trabalho rejeitava, nenhuma particularidade lhe parecia insignificante quando se tratava de servir à verdade. Consciencioso até ao escrúpulo, cumpria os seus deveres profissionais devotadamente e ocupava-se das pesquisas espiritualistas e da imensa correspondência que elas impunham, com enérgico ardor. Sempre pronto a responder e a auxiliar, o mais que pudesse, aos pesquisadores da verdade, ele consagrava uma parte do tempo a visitar muitas personagens consideradas por sua posição social, política, literária, científica ou artística, as quais, interessando-se pelos fenômenos espiritualistas, desejavam ouvi-lo sobre esse assunto. Essas pessoas estão vivas, mas não querem que os seus nomes sejam publicados. Fora do espiritualismo, Stainton Moses oferecia um conjunto de qualidades, raras vezes reunidas em um só indivíduo. Justo, cordato, de um julgamento reto e são, nunca outro homem teve coração mais cálido, simpatias mais ardentes nem foi mais empenhado em ajudar por conselhos àqueles que se lhe dirigiam. Muito modesto, ele não tinha nenhuma vaidade pelos seus dons_mediúnicos, raros no gênero; não recusava jamais discutir, nem menosprezava nenhum contraditor. A esclarecida inteligência de Moses e o seu espírito lógico permitiam-lhe confundir de modo decisivo os antagonistas que se arriscavam a atacá-lo sem razão nem saber. Stainton Moses gostava do retiro e fugia de exibir-se em público para falar ou presidir "meetings". Os seus dons obrigaram-no a sacrificar a sua inclinação e a sair muitas vezes dos hábitos de pesquisador, mas a isso se submetia com coragem, tato e discrição, preenchendo o seu dever e dando exemplo do perfeito esquecimento de si mesmo. Granjeou o respeito afetuoso e a estima de centenas de homens, que amam a lembrança da sua amizade e a conservam como um legado precioso. Nos limites de uma curta notícia é impossível dar um esboço completo do caráter de Stainton Moses. Ser-me-ia agradável insistir sobre os admiráveis elementos que lhe compunham o caráter; o amor da verdade, a pureza, a integridade, a amizade confiante, generosa, grande e calorosa desse homem, ao qual nenhuma soma de orgulho, de fanatismo ou de presunção maculava. Que elogios poderia eu fazer que pudessem aumentar o afeto e a veneração das pessoas que o conheceram, quando àqueles que não tiveram essa felicidade só posso dar uma fraca ideia do seu mérito e do seu talento. Oxalá possamos colher um útil auxílio dos inspirados ensinos que ele nos legou e aos quais esta memória deve servir de introdução, e durante algum tempo repitamos ainda a velha fórmula: "Requiescat in pace". CHARLTON TEMPLEMAN SPEER
19 de janeiro de 1874. Desde certo tempo, as comunicações eram muito menos freqüentes, o trabalho parecia transformar-se ou ser suspenso por causa das minhas dúvidas. Nessa data diversas mudanças ocorreram, novas direções foram dadas e Imperator (Espírito) fez escrever uma espécie de mapa retrospectivo onde repetia as observações que citei por mais de uma vez, sobre as minhas exigências e a fonte divina da sua missão. Recebi provas reiteradas da persistência da personalidade depois_da_morte_do_corpo. Não me interrompo para narrá-las.
Os meios empregados para transmitir a informação eram variados, mas os fatos afirmados eram exatos, invariavelmente e literalmente. Na maior parte dos casos, referiam-se a pessoas que só conhecemos de nome, ou de quem às vezes ignorávamos mesmo o nome; ou, antes, eles tinham relação com amigos e conhecidos. Essa série de provas contínuas durou muito tempo, e colateralmente se desenvolveu em mim uma faculdade de clarividência que aumentou rapidamente de intensidade, sendo-me possível ver e conversar muito tempo com os meus amigos... até então invisíveis. Tive um grande número de visões em extremo emocionantes, parecendo-me que o meu espírito agia independentemente do corpo. Durante algumas dessas visões eu tinha a consciência de viver no meio de cenas extraterrestres, em outras representavam diante de mim cenas dramáticas, figurando, sem dúvida, alguma verdade ou ensinamento espiritual. Só em dois casos pude certificar-me por uma prova colateral da realidade da minha vidência. Em cada uma dessas ocasiões, eu estava em profundo transe; não podia discernir entre as impressões subjetivas de um sonho e a realidade do que eu via com tanta intensidade, salvo nos dois casos aos quais aludo e em que a realidade da vidência me foi confirmada por incidentes exteriores. Apenas falo nessas vidências, por marcarem uma fase do desenvolvimento_da_minha_educação_espiritual. Afirmaram-me sempre que o que me era mostrado tinha uma existência real e que os meus sentidos interiores estavam abertos com o fim de me instruir e de confirmar a minha fé, permitindo-me contemplar coisas invisíveis aos olhos do corpo. [108 - páginas 211 / 212]
Sob o pseudônimo de M. A. Oxon, publicou:
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