____Os
irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas.
Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado
evolutivo, através das quais podem indiciar as entidades deliberadamente
perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naqueles que
os acompanham, em determinadas circunstâncias.
[41a - página 217] EMMANUEL - 1940  ____Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não
tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está
ligada a uma questão de senso-percepção.
____Então, a ela não basta a existência
da glândula_pineal,
mas sim, todo o cone que vai até o córtex_frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade
é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está
acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana. -
/// | \\\ --- Entrevista
da revista Espiritismo & Ciência com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São
Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto
Pineal Mind, e diretorpresidente da AMESP (Associação Médico-Espírita
de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores
na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de
comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em
fenômenos ligados à mediunidade.
http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1900&mode=thread&order=0&thold=0
(Link desativado)  ____A
questão da mediunidade dos animais se acha
completamente resolvida na dissertação
seguinte, feita por um Espírito cuja profundeza e sagacidade os leitores hão podido apreciar nas citações, que temos tido
ocasião de fazer, de instruções suas. Para bem
se apreender o valor da sua demonstração, essencial é se tenha em vista a explicação por ele dada do papel do médium
nas comunicações.
____Esta
comunicação deu-a ele em seguida a uma discussão, que se travara, sobre
o assunto, na Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas:
- Explanarei
hoje a questão da mediunidade dos animais,
levantada e sustentada por um
dos vossos mais fervorosos adeptos. Pretende ele, em virtude deste
axioma: Quem pode o mais pode o
menos, que podemos "mediunizar" os pássaros e os outros animais e servir-nos deles nas nossas
comunicações com a espécie humana. E o que chamais,
em filosofia, ou, antes, em lógica, pura e simplesmente um sofisma.
- Podeis
animar, diz ele, a matéria inerte,
isto é, uma mesa, uma cadeira, um piano; a fortiori, deveis
poder animar a matéria já animada e particularmente pássaros. Pois
bem! no estado normal do Espiritismo,
não é assim, não pode ser assim.
- Primeiramente,
entendamo-nos bem acerca dos fatos. Que é um médium? É o ser, é o indivíduo que
serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens:
Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium,
não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de
qualquer natureza que seja.
- Há um princípio que,
estou certo, todos os espíritas
admitem, é que os semelhantes
atuam com seus semelhantes e como seus semelhantes. Ora, quais são os
semelhantes dos Espíritos, senão os
Espíritos, encarnados ou não? Será preciso que vo-lo repitamos
incessantemente? Pois bem! repeti-lo-ei ainda: o vosso perispírito
e o nosso procedem do mesmo
meio, são de natureza idêntica, são semelhantes. Possuem
uma propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, propriedadede
magnetização mais ou
menos vigorosa, que nos permite a nós, Espíritos desencarnados e
encamados, pormo-nos muito
pronta e facilmente em comunicação. Enfim, o que é peculiar aos médiuns, o que é da essência mesma
da individualidade deles, é uma afinidade especial e,
ao mesmo tempo, uma força de expansão
particular, que lhes suprimem toda refratariedade
e estabelecem, entre eles e nós, uma espécie de corrente, uma
espécie de fusão, que nos
facilita as comunicações. E, em suma, essa refratariedade da
matéria que se opõe ao
desenvolvimento da mediunidade,
na maior parte dos que não são médiuns. (Ver: Ferromagnetismo
e Mediunidade)
- Os
homens se mostram sempre propensos a tudo exagerar; uns, não falo
aqui dos materialistas, negam alma_aos_animais, outros de boa mente lhes atribuem uma, igual,
por assim dizer, à nossa. Por que hão de pretender deste modo
confundir o perfectível com o
imperfectível? Não, não, convencei-vos, o fogo que anima os irracionais, o sopro que os faz agir,
mover e falar na linguagem que lhes é própria, não tem,
quanto ao presente, nenhuma aptidão para se mesclar, unir, fundir com
o sopro divino, a alma etérea,
o Espírito que anima o ser essencialmente perfectível:
o homem, o rei da criação. Ora, não é essa condição fundamental
de perfectibilidade o que
constitui a superioridade da espécie humana sobre as outras espécies
terrestres? Reconhecei, então, que não se
pode assimilar ao homem, que só ele é perfectível em si mesmo e nas
suas obras, nenhum indivíduo
das outras raças que vivem na Terra.
- O
cão que, pela sua inteligência superior entre os animais, se tornou
o amigo e o comensal do homem,
será perfectível por si mesmo, por sua iniciativa pessoal? Ninguém
ousaria afirmá-lo, porquanto o cão não faz progredir o cão. O que,
dentre eles, se mostre mais bem
educado, sempre o foi pelo seu dono. Desde que o mundo é mundo,
a lontra sempre construiu sua choça em cima d'água, seguindo as
mesmas proporções e uma regra
invariável; os rouxinóis e as andorinhas jamais construíram os respectivos ninhos senão do mesmo
modo que seus pais o fizeram. Um ninho de pardais de
antes do dilúvio, como um ninho de pardais dos tempos modernos, é
sempre um ninho de pardais,
edificado nas mesmas condições e com o mesmo sistema de entrelaçamento
das palhinhas e dos fragmentos apanhados na primavera, na época dos amores. As abelhas e formigas, que
formam pequeninas repúblicas bem administradas, jamais
mudaram seus hábitos de abastecimento, sua maneira de proceder, seus costumes, suas produções. A aranha,
finalmente, tece a sua teia sempre do mesmo modo.
- Por
outro lado, se procurardes as cabanas de folhagens e as tendas das primeiras idades do mundo,
encontrareis, em lugar de umas e outras, os palácios e os castelos
da civilização moderna. As vestes de peles brutas sucederam os
tecidos de ouro e seda. Enfim,
a cada passo, achais a prova da marcha_incessante_da_Humanidade_pela_senda_do_progresso.
- Desse
progredir constante, invencível, irrecusável, do Espírito humano e
desse estacionamento indefinido
das outras espécies animais, haveis de concluir comigo que, se
é certo que existem princípios comuns a tudo o que vive e se move na
Terra: o sopro e a matéria,
não menos certo é que somente vós, Espíritos_encarnados, estais submetidos
a inevitável lei_do_progresso, que vos impele fatalmente para diante e
sempre para diante. Deus
colocou os animais ao vosso
lado como auxiliares, para vos alimentarem, para vos vestirem, para vos secundarem. Deu-lhes uma certa
dose de inteligência, porque, para vos ajudarem, precisavam
compreender, porém lhes outorgou inteligência apenas proporcionada
aos serviços que são chamados
a prestar. Mas, em sua sabedoria, não quis que estivessem sujeitos
à mesma lei do progresso. Tais como foram criados se conservaram e se
conservarão até à extinção de
suas raças.
- Dizem:
os Espíritos "mediunizam" a matéria inerte e fazem que se
movam cadeiras, mesas, pianos.
Fazem que se movam, sim, "mediunizam", não! porquanto, mais uma vez o digo, sem médium,
nenhum desses fenômenos pode produzir-se. Que há de
extraordinário em que, com o auxílio de um ou de muitos médiuns,
façamos se mova a matéria
inerte, passiva, que, precisamente em virtude da sua passividade, da
sua inércia, é apropriada a
executar os movimentos e as impulsões que lhe queiramos imprimir? Para isso, precisamos de médiuns, é positivo; mas, não é
necessário que o médium
esteja presente, ou seja consciente, pois que podemos atuar com os
elementos que ele nos fornece,
a seu mau grado e ausente, sobretudo para produzir os fatos de tangibilidade
e o de transportes. O nosso envoltório_fluídico, mais imponderável e mais sutil
do que o mais sutil e o mais imponderável dos vossos gases, com uma propriedade_de_expansão
e de penetrabilidade
inapreciável para os vossos sentidos grosseiros e quase inexplicável
para vós, unindo-se, casando-se, combinando-se com o envoltório
fluídico, porém animalizado,
do médium, nos permite imprimir movimento a móveis quaisquer e até quebrá-los em aposentos
desabitados.
- É
certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos
animais e, muitas vezes, o
terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de
muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos
indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais. Ainda
com mais freqüência vedes
cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que
empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como
certo que o obstáculo
imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que
se comprazem em impedi-los de
mover-se. Lembrai-vos da mula de Balaão que, vendo um anjo
diante de si e temendo-lhe a, espada flamejante, se obstinava em não
dar um passo. E que, antes de
se manifestar visivelmente a Balaão, o anjo quisera tornar-se
visível somente para o
animal. Mas, repito, não mediunizamos diretamente nem os
animais, nem a
matéria inerte. É-nos sempre necessário o concurso
consciente, ou inconsciente, de
um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o
que não achamos nem nos
animais, nem na matéria bruta.
- O
Sr. T..., diz-se, magnetizou
o seu cão. A que resultado chegou? Matou-o, porquanto
o infeliz animal morreu, depois de haver caído numa espécie de
atonia, de langor,
conseqüentes à sua magnetização. Com efeito, saturando-o de um
fluido haurido numa essência
superior à essência especial da sua natureza de cão, ele o esmagou,
agindo sobre o animal à semelhança
do raio, ainda que mais lentamente. Assim, pois, como
não há assimilação possível entre o nosso perispírito
e o envoltório fluídico dos animais,
propriamente ditos, aniquila-los-íamos instantaneamente, se os
mediunizássemos.
- Isto
posto, reconheço perfeitamente que há nos animais aptidões
diversas; que certos
sentimentos, certas paixões,
idênticas às paixões e aos sentimentos humanos, se desenvolvem
neles; que são sensíveis e reconhecidos, vingativos e odientos,
conforme se procede bem ou mal
com eles. É que Deus, que nada fez incompleto, deu aos animais,
companheiros ou servidores do homem,
qualidades de sociabilidade, que faltam inteiramente
aos animais selvagens, habitantes das solidões. Mas, daí a
poderem servir de
intermediários para a transmissão do pensamento dos Espíritos, há
um abismo: a diferença das
naturezas.
- Sabeis
que tomamos ao cérebro do médium os elementos necessários a dar ao nosso pensamento
uma forma que vos seja
sensível e apreensível; é com o auxilio dos materiais que possui,
que o médium traduz o nosso
pensamento em linguagem vulgar. Ora bem! que elementos encontraríamos
no cérebro de um animal? Tem ele ali palavras, números,
letras, sinais quaisquer,
semelhantes aos que existem no homem, mesmo o menos inteligente? Entretanto, direis, os animais
compreendem o pensamento do homem, adivinham-no até. Sim,
os animais educados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes
alguma vez reproduzi-los? Não. Deveis então concluir que os animais não nos podem
servir de intérpretes.
- Resumindo:
os fatos mediúnicos não podem dar-se sem o concurso consciente, ou inconsciente, dos médiuns; e
somente entre os encarnados, Espíritos como nós, podemos
encontrar os que nos sirvam de médiuns. Quanto a educar cães,
pássaros, ou outros animais,
para fazerem tais ou tais exercícios, é trabalho vosso e não nosso.
ERASTO.
[17b - página 300 item 236] |
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