† 20.12.1846 em Vitória (ES) - Informações de Paulo Stuck Moraes
(Capitão Mor)
Um dos membros para eleição da Junta Provisória de Governo de 1822
Conforme informações de Diogo Andrade França, ele aparece casado, certamente em 2ª núpcias, com Carolina Julia de Aciole, na data do inventário do pai dela de 23.10.1845 o Desembargador Ignacio Acciole de Vasconcellos
1851. Foi neste ano feita a 8, 9 e 10 de abril a divisão, aviventação de rumo, assentamento de marcos das terras de Piraém, pelo então juiz municipal bacharel Jose de Melo e Carvalho, sendo escrivão do feito o tabelião Manoel Jose Noronha, piloto Andre Gonçalves Espíndula Sodré, procurador por parte do requerente João dos Santos lisboa, louvados Jose Francisco da Silva Melo e Cirilo Pinto Homem de Azevedo, e oficial de justiça Bernardino de Santa Leocádia. Compareceram em audiência os confrontantes de Camburi e Jaçapê Joaquim_Pinto_dos_Santos, Manoel_Gomes_dos_Santos, Joaquim Jose de Santana, Francisco Alves e outros. Principiou-se a divisão do marco do pião, que se acha à beira do córrego Negro, ficando pelos jesuítas com a marca deles em rumo de norte-sul, este-oeste; seguindo a agulha o rumo de norte até encontrar um brejo, que por ele se fez a convenção de ficarem divididas umas e outras terras, em seguimento do dito brejo em rumo de nordeste até a sua cabeceira, que faz à beira da estrada, que vem de Piraém para Jaçapê e Carapina, em cuja cabeceira fincou-se um marco de pedra com duas testemunhas, em distância de 5 palmos, afastadas do marco em direção ao rumo de nordeste até o córrego Seco, que sai no rio da Praia Mole, em cuja cabeceira fincou-se outro marco da mesma maneira e forma do primeiro, ambos com a letra S para a parte das terras de Piraém, marca do proprietário; ficaram por este modo divididas as terras de Piraém, com Camburi e Jaçapê. é aqui ocasião de notar que, na demarcação que fizeram os jesuítas nas terras de Carapina no ano de 1644, não ficaram compreendidas as terras do Piraém (nome dado pelos índios àquele lugar
pela abundância que ali há de peixe, e derivado de pirá, peixe, ém, lugar abundante), e por não serem boas aquelas terras para cultura, ficaram por isso devolutas; mas houve quem delas se apossasse como suas, porque nesse tempo pouca gente havia; portanto este dono as possuía pela parte do norte com o rio da Praia Mole, e como senhor foi vendendo a diversos, donde resultou ficar indiviso o tal Piraém: parte destes possuidores passaram a vender seus quinhões ao capitão Gonçalo_Pereira_Porto_Sampaio, a quem só servia aquele sítio em capoeiras para criar gado; por sua morte, em 1797, passou o mesmo sítio a seu herdeiro, o capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, por morte de sua primeira mulher, deu em legítima a uma filha de nome Manoela, e fez um grande cercado em campo com boa casa de vivenda que ainda existe. D. Manoela casou com o tenente Bernardino_da_Costa_Sarmento, e tanto o capitão-mor como o dito tenente viveram sempre em desavença com os seus fronteiros de Camburi e Jaçapê, porque nunca cuidaram em dividirem-se judicialmente, até que o tenente Bernardino Sarmento tentou a divisão destas terras, e requereu ao juiz municipal que então era o bacharel Jose de Melo e Carvalho (seu concunhado).
Do livro de Basilio Carvalho Daemon - PROVÍNCIA, sua descoberta, história cronológica, sinopse e estatística