____Nós mesmos, os_desencarnados, nos movemos num campo de matéria que se caracteriza por densidade_específica,_embora_rarefeita,
quando confrontada com as antigas formas físicas, e nossa mente,
em qualquer parte, na Crosta ou aqui_onde_nos_achamos, é um centro psíquico de atração_e_repulsão.
O espírito encarnado respira numa zona de vibrações mais lentas,
enfaixado num veículo constituído de trilhões de células que são outras tantas vidas microscópicas
inferiores. Cada vida, porém, por mais insignificante, possui expressão
magnética especial. A vontade, não obstante
condicionada por leis cósmicas e morais, inclinará a comunidade dos corpúsculos_vivos que permanecem a seu serviço por tempo limitado, à
maneira do eletricista que liga as forças da usina para atividades num
charco ou para serviços numa torre. Sendo cada um de nós uma força
inteligente, detendo faculdades_criadoras e atuando no Universo,
estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia_mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando
causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o
ponto de origem. Abstendo-nos de mobilizar a vontade, seremos invariáveis
joguetes das circunstâncias predominantes, no ambiente que nos rodeia;
contudo, tão logo deliberemos maliá-la, é indispensável resolvamos o
problema de direção, porquanto nossos estados pessoais nos_refletirão_a_escolha_íntima. Existem princípios, forças e leis no universo minúsculo,
tanto quanto no universo macrocósmico. Dirija um homem a sua vontade para
a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as
características dos moldes_estruturados_pelo_pensamento enfermiço,
porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da
região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades_microbianas, que vivem e se reproduzem no campo_mental dos milhões de
pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas pelas células que as atraem, em obediência às ordens_interiores, reiteradamente
recebidas, formando no corpo a enfermidade idealizada. Claro que nesse capítulo
temos a questão das provas necessárias, nos casos em que determinada
personalidade renasce, atendendo a impositivos das lições expiatórias,
mas, mesmo aí, o problema de ligação mental é infinitamente
importante, porquanto o doente que se compraz na aceitação e no elogio
da própria decadência acaba na posição de excelente incubador de bactérias e sintomas mórbidos,
enquanto que o espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra
o mal, ainda mesmo que benéfico e merecido, encontra imensos recursos de
concentrar-se no bem, integrando-se na corrente de vida vitoriosa.
[96 - página 30] André Luiz - 1949 |