____Escreve André_Luiz, em Nos Domínios
da Mediunidade:
Muitos companheiros
matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do espiritismo, vêm convertendo a teoria
anímica num travão injustificável a
lhes congelar preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos
cabe adotar como justas as palavras "mistificação inconsciente_ou_subconsciente" para batizar o fenômeno.
(Xavier, Francisco C./André Luiz,
1973a.)
____Refere-se o
instrutor Áulus, nesta passagem, a uma senhora que, embora com as usuais
características de uma incorporação obsessiva de espírito perseguidor,
estava apenas deixando emergir do seu próprio inconsciente, memórias desagradáveis
de uma existência anterior que nem mesmo o choque biológico da nova encarnação
conseguira "apagar". Tratava-se de uma doente_mental, cujos passados
conflitos ainda a atormentavam e se exteriorizavam naquela torrente de palavras
e gestos sonidos como se estivesse possuída por um espírito desarmonizado. No
caso, havia, sim, um espírito em tais condições - era o seu próprio e,
portanto, ela estava ali funcionando como médium de si mesma, produzindo uma
manifestação anímica. Mais que ignorância, seria uma crueldade deixar de
socorrê-la com atenção e amor fraterno somente porque a manifestação era anímica. ____Continua Áulus, mais adiante: Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe
agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe
impusesse corretivo inoportuno em vez de socorro providencial. ____Em
Mecanismos da mediunidade (cap. XXIII), encontramos observação semelhante,
colocada nestes termos: Freqüentemente pessoas encarnadas nessa modalidade de provação regeneradora são encontráveis nas reuniões mediúnicas,
mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem
entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da
subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas sob o
fascínio dos desencarnados que as subjugavam. (Xavier, Francisco C. / André Luiz, 1986.)
Lembra esse autor espiritual, a seguir, que se fôssemos
levados, pelo processo da regressão_da_memória, a uma situação qualquer em
urna de nossas vidas anteriores e lá deixados por algumas semanas, apresentaríamos
o mesmo fenômeno de aparente alienação mental, complicada com características
facilmente interpretadas como de possessão, pelo observador despreparado. Ou,
então, a pessoa seria tida como mistificadora inconsciente. Em ambas as hipóteses,
o diagnóstico estaria errado e, por conseguinte, qualquer forma de tratamento
porventura proposto ou tentado.
____Escreve ainda André Luiz:
Nenhuma
justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez
que são, em si próprias, espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer
outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro. |