GUIA.HEU
20 Anos
Analogias entre casos de materialização
página acima: Materialização

____Nos trechos que transcrevi a respeito das materializações_de_Estela_Livermore, notam-se numerosos incidentes que bem reclamam uma confrontação com outros análogos, obtidos através da medianimidade...

____Limitar-me-ei a abordar apenas as principais analogias, renunciando a citar exemplos.

  • A primeira analogia deveras notável que me ocorre apresentar é a das luzes obtidas por Estela Livermore, que também o foram por Stainton Moses; não só apresentavam a mesma forma e dimensões, como em ambos os casos vinham envolvidas em uma espécie de tecido semelhante à gaze.
  • Os analistas das sessões de Stainton Mose
    s falam também, como Estela Livermore, de uma mão medianímica existente no interior das luzes que pela tal mão parecia m adimentadas.
  • Relativamente à emanação de perfumes, há interessantes pontos de contacto entre as duas séries de experiências, embora de modo muito mais variado nas curtas sessões com Mose, em que os perfumes de toda ordem ora transudavam da fronte do médium, ora se expandiam em profusão pela sala, a ponto de tornar o ar irrespirável, ora eram extraídos de flores frescas, previamente para esse fim trazidas. Poucas flores bastavam para produzir farta quantidade de perfumes; notando-se que as que eram submetidas a esse processo murchavam logo, secando imediatamente.
  • Outra analogia digna de nota e esta com a medianimidade de Eusápia Paladino, é a das formas materializadas não tomarem contacto com as pessoas vivas sem a interposição de um tecido medianímico ou mesmo de um tecido ou tegumento natural. Vimos o Banqueiro Livermore e seu irmão obrigados a tomarem luvas para receber no côncavo da mão a luz medianímica, e Estela Livernore, para beijar o seu marido encarnado, Sr. Livermore, interpor previamente uma substância semelhante à gaze.
    Particularidades idênticas se verificam nas sessões com Eusápia, no correr das quais as formas materializadas, em geral, não tocavam nem se deixavam tocar senão através de tecidos ou de cortinas, do mesmo modo que não deixavam traço na massa modeladora sem a interposição de um tecido medianímico.
  • Outra analogia ainda. Nas sessões de Estela Livermore, como nas com Eusápia Paladino, quando os fenômenos de certa importância se aprestavam ou estavam em via de realização, as personalidades_medianímica exortavam a que se não fixasse demasiado a vista sobre os mesmos, isto devido ao poder desintegrante que o olhar humano e a atenção concentrada exercem sobre as forças exteriorizadas. Assim, enquanto a mão materializada e iluminada escrevia na presença do Sr. Livermore, este era convidado a não olhar com demasiada insistência o fenômeno, mas com pequenos intervalos, a fim de não perturbar, pela fixidez do olhar, a força em ação. Em outras circunstâncias, pediam aos experimentadores que fechassem, ainda que por um instante, os olhos: o Espírito Benjamin_Franklin nos convidou a fechar os olhos por um instante; logo que os abrimos, vimo-lo de pé sobre a cadeira, de onde nos dominava, como uma verdadeira estátua. E mais adiante: Pediram fósforos e nos preveniram de fechar os olhos.
    ____Eis um caso análogo, tirado das sessões com Moses: "Pedi que do rosto me aproximassem a luz. Mentor nisto Consentiu e convidou-me a fechar os olhos. Quando me permitiu de os abrir, vi diante de mim, a alguns centímetros apenas do meu rosto, uma luz esplêndida, tendo a forma e o volume de um globo comum para lâmpadas." (Doutor Speer, in Proceedings of the S. P. R., vol. IX, página 275.)
    A força inibitória do olhar e da atenção corresponde aquela dos temperamentos e a sua ação relativa de emanações vitais. A este respeito não se pode deixar de achar bem instrutivo o episódio narrado pelo Sr. Livermore sobre o efeito contrariante que a presença do Senhor Groute exercia sobre a produção dos fenômenos: Quando Groute estava no quarto contíguo, a luz brilhava como de costume, mas enfraquecia à proporção que ele se aproximava, do mesmo modo que readquiria o brilho habitual se ele novamente se afastava."
    ____O mesmo se dava com Moses, sempre que introduzia novas pessoas no recinto. As personalidades medianímica acabaram mesmo por aconselhar aos membros do grupo que permanecessem pouco numerosos, a fim de não comprometer a progressão dos fenômenos. Perturbações análogas se verificavam com Home e com Eusápia Paladino, assim como com todos os outros médiuns ao mesmo a esta particularidade dos fenômenos_medianímico que se devem atribuir os graus muito diferentes de sintonização entre os diferentes grupos de experimentadores, quando os resultados obtidos com o mesmo médium são tão diversos e mesmo contraditórios.
  • Assinalarei, enfim, um fenômeno curioso exposto pelo Sr. Livermore e que tem o seu equivalente nas experiências com Moses. Consiste nos ruídos retumbantes que, de ordinário, precediam a realização de manifestações importantes, fenômenos tão habituais nas experiências de Livermore, que, não havendo eles ocorrido em determinada circunstância, às personalidades medianímica chamaram, para o fato, a atenção dos experimentadores, do modo seguinte: Notai que desta vez nos manifestamos sem provocarem ruídos. Com a medianimidade de Moses o mesmo fenômeno se dava. Ele disto pediu explicação ao Espírito-guia, Rector, que respondeu não ser fácil suprimir essas formas de manifestações barulhentas, por isso que constituíam para os Espíritos o meio mais prático de sanear o ambiente da saturação excessiva das forças físicas exteriorizadas, que impedem se produzam manifestações superiores.

____Termino com esta enumeração das principais analogias existentes entre as modalidades pelas quais se produziram os fenômenos nas sessões com Kate_Fox e as que eram próprias a outros médiuns, analogias teoricamente interessantes e instrutivas; reforçam-se mutuamente, confirmando os resultados obtidos, fornecendo, portanto, dados preciosos para uma futura interpretação dos fatos.

[105 - páginas 168 / 171] - Ernesto Bozzano

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