A
UNIDADE SUBSTANCIAL DAS RELIGIÕES ____A
verdade é que todos os livros e tradições religiosas da antigüidade guardam,
entre si, a mais estreita unidade substancial.
As revelações evolucionam numa esfera
gradativa de conhecimento. Todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida de todo o Universo,
e no tradicionalismo de todas palpita a
visão sublimada do Cristo, esperado em todos
os pontos do globo. ____Os
vários povos do mundo traziam de longe as suas concepções e as
suas esperanças, sem falarmos das grandes coletividades que floresciam
na América do Sul, então quase ligada à China
pelas extensões da Lemúria, e da América do Norte, que se ligava à Atlântida.
Não é, porém, nosso propósito estudar aqui outras questões que se
não refiram à superioridade do Cristo e à ascendência do seu Evangelho,
nestes apontamentos despretensiosos. Citando, porém, todos os
povos antigos do planeta, somos compelidos a recordar, igualmente, as grandes
civilizações pré-históricas, que desabrocharam e desapareceram no
continente americano, de cujos cataclismos e arrasamentos ficaram ainda as
expressões interessantes dos incas e dos astecas, que, como todos os outros
agrupamentos do mundo, receberam a palavra indireta do Senhor, na sua marcha
coletiva através de augustos caminhos.
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AS
REVELAÇÕES GRADATIVAS ____Até
à palavra simples e pura do Cristo, a Humanidade terrestre viveu etapas
gradativas de conhecimento e de possibilidades, na senda das revelações
espirituais. ____Os
milênios, com as suas experiências consecutivas e dolorosas, prepararam
os caminhos dAquele que vinha, não somente com a sua palavra,
mas, principalmente, com a sua exemplificação salvadora. Cada emissário
trouxe uma das modalidades da grande lição de que foi teatro a região
humilde da Galiléia.
____É
por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem
a lição direta do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra,
em virtude das próprias revelações do seu ambiente,
e, se a Boa Nova não se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas
dos povos, e que os pretensos missionários do Cristo, nos séculos
posteriores aos seus ensinos, não souberam cultivar a flor da vida e
da verdade, do amor e da esperança, que os seus exemplos haviam implantado
no mundo: abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade,
ou encarcerando-a no silêncio dos claustros, a planta maravilhosa
do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada
nos seus mais lídimos objetivos. [52 - página 84] |